Ano Novo, cara nova.

2015 trouxe uma nova imagem a este blog

Uma Páscoa a Navegar

Desorientados até ao centro geodésico de Portugal, Vila de Rei.

quarta-feira, 16 de março de 2016

Criar [mapas Offline] com Oruxmaps

   
        

Tal como referido na ultima publicação sobre o Oruxmaps, é possível fazermos os nossos próprios mapas para navegarmos offline. Como nem sempre dispomos do recurso à internet, os mapas offline são para muitos a primeira escolha para navegar. Com o recurso à ferramenta do Orux, podemos criar os nossos próprios mapas, tendo como base os "mapas Online" que dispomos na aplicação. 
É possível fazer mapas numerados tendo como base o cartograma (carregado previamente no orux) de mapas militares portuguesas ou até mapas aleatórios de zonas que ficam situadas entre as cartas.

Hoje partilho um tutorial de como o podem fazer:

No caso específico que vos trago hoje, mostro como criar um "mapa offline" específico para navegar um track. Mas o procedimento é igual para qualquer "mapa offline" que desejamos criar.

Abrimos a aplicação Oruxmaps e neste caso o track que queremos navegar. Depois de abertos, vamos ao separador mapas e escolhemos a opção NOVO MAPA



Dentro da opção de "mapas Online" escolhemos o mapa que queremos. Neste caso foi seleccionado o mapa Google Hybrid



Fazemos zoom sobre o track (zoom13)



E vamos de novo ao separador Mapas, e escolhemos a opção "Criador de Mapas"




O orux indica-nos que temos de seleccionar dois pontos de forma a fazermos um rectângulo da área que desejamos. Por norma selecciono um ponto superior esquerdo e um inferior direito, de forma a que o rectângulo sobreponha toda a área do track. 



Se acharmos que está bom seleccionamos o "visto".


Abre-se uma janela para escolher:
-  o nível de zoom que pretendemos ter no mapa (podemos seleccionar vários ou apenas um nível);
- nome do mapa;
-  e opção para não perdermos o download caso se perca alguma camada (não aconselho seleccionar esta opção).

Conforme podem ver seleccionei os níveis/camadas (3,7,11,15,16,17 e 18) e sei que o tamanho aproximado do mapa será de 35mb. 
Após  nomear o mapa de: mapa teste
Seleccionamos a opção: Descarregar



Aguardamos que a descarga fique concluída (o tempo varia consoante o tamanho do mapa e a internet que dispomos) 


Assim que a transferência ficar concluída seleccionamos OK (imagem anterior)  e vamos de novo ao separador Mapas, agora escolhemos a opção Mapas Offline e temos uma lista deles. 

Escolhemos o mapa que fizemos, neste caso o mapa teste


E aqui está ele com os vários níveis de Zoom:

- Nível 15 a 25%



- Nível 15 a 100%



 - Nível 16 a 100%



 - Nível 17 a 100%



 - Nível 18 a 100%



 - Como não escolhemos os níveis 19 e 20 a partir daqui o nível de detalhe mantêm-se no 18 aumentando apenas a percentagem sobre este nível: Nível 18 a 200% 



Nível 18 a 400%




A diferença entre termos um mapa com detalhe 15 a 400% ou 18 a 100% é bastante diferente, por isso aconselho sempre a fazerem mapas no mínimo com zoom 16 de detalhe, sendo o ideal 17 para seguir tracks e 18 caso vamos à descoberta sem tracks.

Estes níveis altos (17/18) tem o contra dos mapas ficarem muito pesados, mas para isso temos solução, usar um bom cartão de memória de 32GB ou 64GB.

Fica um exemplo entre um mapa de zoom 15 a 400% versus 18 a 100% precisamente do mesmo local, onde se pode ver que, por mais que se amplie, o detalhe não é o mesmo...



OrienTTem-se... 

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

[Rotta dos Moinhos] Porto de Mós - Peniche 2015

        Tudo começou com a vontade de partir à descoberta da Serra de Aire e Candeeiros. Já à muito que aquela zona me despertava algum interesse, mas a agenda apertada fazia com que esta viagem fosse ficando em standby. Assim que surgiu uma oportunidade tratamos de planear a rota, com a ideia inicial de fazer num sábado Porto de Mós - Peniche, e no Domingo Peniche - Nazaré; preparou-se toda a viagem com o rigor do costume. Basecamp aberto e toca de traçar a rota para os dois dias.

O Fim de semana começou cedo, por volta das 7h da manhã fizemo-nos à estrada em direcção ao Castelo de Porto de Mós.




Depois de visitar o castelo, que desde já recomendo, e reforçado o pequeno almoço, ligámos o Orux e lá nos fizemos aos trilhos da Serra de Aire e Candeeiros. Logo no 1º Quilometro parámos para visitar os túneis de um antigo caminho de ferro. Falo do antigo caminho de Ferro Mineiro do Lena, outrora usado como principal meio de transporte das minas de carvão da Bezerra para a central Termoelétrica, e que hoje está transformado numa ecopista.







Depois de visitada a ecopista, rumamos em direção a Sul, e logo nos apercebemos que nome daríamos a este passeio - A rotta dos Moinhos. Todo o percurso é "vigiado" por estas construções, e como se só isso não basta-se muitos têm excelentes condições para fazer turismo rural.









Passagem por um dos Arcos da Memória, um marco divisório que assinala as terras atribuídas por D. Afonso Henriques aos monges de Cister.










 A manhã terminou com a visita às salinas de Rio Maior, onde se pode ver dois belos presépios de Sal.











Após paragem para almoço, continuámos o track até à Vila de Óbidos, onde a paragem foi obrigatória principalmente em época Natalícia. De facto é uma Vila muito acolhedora. Não obstante,  o dia e época escolhido(a) para visitar não foi o(a) melhor dado a notória afluência de pessoas, ficou a vontade de regressar pelo facto de durante o ano inteiro existirem outras festividades locais que permitem visitar a vila com mais calma. Nota para o licor de Ginja ser uma iguaria, e uma atenção especial para os vários alfarrabistas locais, com um conceito a conjugar o moderno e o rústico, e ainda com música ao vivo.












 O Licor de Ginja à esquerda e o Chocolate quente à direita.



Acabámos por chegar de noite a Peniche. No Domingo de manhã acordámos com cheiro a maresia. e com vontade de seguir para norte, fazendo o Track que segue junto à costa, e que contorna a lagoa de Óbidos, passando por Foz do Arelho, São Martinho do Porto, terminando com o almoço na praia da Nazaré. Um percurso que só de imaginar deixava água na boca. Depois de uma volta pelo centro de Peniche para tomar o pequeno almoço, decidimos ir até ao Cabo Carvoeiro, para tirar umas fotos às Berlengas.






Tudo corria como planeado até que após parar para a foto em frente ao Farol do Cabo Carvoeiro e virado para as Berlengas, o guerreiro Mitsubishi Pajero, não quis mais voltar a trabalhar para seguir viagem. Sem razão para tal, e pela primeira vez em tantos anos de fiel companhia o Pajero longo não pegou à primeira. Na verdade nem à primeira, nem à segunda nem após um serie de tentativas. Depois de tentar de tudo para o por a trabalhar e de um sentimento frustrante de incapacidade para seguir a viagem programada, acabámos por chamar a Assistência em Viagem e regressar a casa a tempo do almoço.



Ficou a vontade de regressar para fazer o trajecto planeado para este Domingo, Peniche - Nazaré.

De salientar que o Pajero já está de novo a 100%, e que para tal agradecemos a grande ajuda do amigo e companheiro de viagens, Hélder Marques.

Para terminar um video do primeiro dia da viagem.